jump to navigation

Sobre a Pós-modernização e a economia do imaterial 20 junho, 2007

Posted by Fabio Malini in aula, capitalismo cognitivo, cibercultura, eventos, massa, p2p, Pensamento Negri.
3 comments

Segue um apresentação de aula que ministrararei no curso de especialização Lato Sensu Comunicação Estratégica e Gestão de Imagem, da Ufes, nos próximos dias.

A lâmina onde se encontra os dados da queda de leitores da Folha de São Paulo foi retirada do ppt de Oona Castro, apresentado no seminário A Constituição do Comum, em Vitória-ES.

O Comunismo das Redes 29 abril, 2007

Posted by Fabio Malini in Blogs, capitalismo cognitivo, jornalismo, Motim francês, p2p, Pensamento Negri, tese, web 2.0.
5 comments

Acabei de publicar um artigo na Global n.8 chamado “O Comunismo das Redes”. Mas, como ainda não posso postar ele aqui, aproveito para deixar o paper escrito para ocasião da defesa da minha tese, com o mesmo título.

Trata-se da síntese, que acho que ficou muito boa, da minha tese.

a economia da informação e o capitalismo são inconciliáveis, pois a principal força produtiva – o saber – não é quantificável, quer dizer, não pode ser medida por horas de trabalho. Além disso, o fato de o saber ser difuso faz com que o capital “saía de uma lógica de valorização baseada em um controle direto do processo de produção”. Por conta disso, provoca uma crise “de fundo no capitalismo e antecipa uma outra economia, de tipo novo e ainda ser fundada”. Essa outra economia a ser fundada estaria já se constituindo no espaço das redes livres (freenets): tanto as empresas já estariam trabalhando nas redes para unir-se nos momentos da tomada de decisão; quanto os usuários, através de mecanismos de auto-organização, auto-coordenação e a livre troca de saber, estariam produzindo um mercado para um emaranhado de produtos e serviços criados a partir da colaboração rizomática sem a necessidade de uma intermediação do mercado.

O comunismo da atenção 8 dezembro, 2006

Posted by Fabio Malini in Blogs, capitalismo cognitivo, copyflet, jornalismo, web 2.0.
2 comments

Bom…hoje terminou o ótimo evento sobre Capitalismo Cognitiv, aqui no RJ. Bom, nove fora ter ficado 12 horas no aeroporto, o que fez com que eu perdesse a palestra de Lazzarato (bom, pelo menos ganhei o livro dele: As Revoluções no Capitalismo), tudo foi muito bom porque pude sair do encontro com mais questões do que entrei. Foi bom rever também a turma toda da Universidade Nômade e da Global.

Preparei um artigo para o evento. Chamei de O comunismo da atenção, é sobre o fenômeno da web 2.o pelo prisma da teoria do capitalismo cognitivo. Quem quiser lê-lo, segue o texto em pdf, em doc para quem quiser ler. Queria colocar a versão openoffice (o editor que uso), mas o WordPress só permite doc (absurdo!!!!)

 

O que vimos é que as comunidades colaborativas da Internet produz um excedente comum para o trabalho. Um amplo reservatório construído a partir da cooperação social. No excesso, sempre há uma informação que acrescenta à vida. Eu sinceramente acredito que a interface gráfica do trabalho imaterial é o excesso de informação. Essa interface que muitos dizem que é poluída, porque excessiva, pra mim, vejo uma força positiva, porque expressa exatamente como o trabalho no capitalismo cognitivo se constitui: como uma atividade que produz e é produzido pelo excesso.

Não sei se estão notando a mutação nas páginas dos jornais. Antigamente, a gente tinha que construir uma narrativa de interface “menos poluídas pelo excesso”. Aliás, a gente tinha que fazer jornalismo baseado no gatekeeper, porque o jornal, a revista, a tevê, não comportava todo tecido social. Não tinha espaço. Por isso o jornalismo desenvolveu critério transcendentais de representação, através do valor-notícia, da objetividade, da imparcialidade, da defesa da justiça, toda essa parafernália moral que está em rota de colisão hoje porque esse tecido social opina, comenta, participa, briga, patrulha, colabora, narra, documenta, noticia, enfim, todo esse general intellect está transformando as relações entre jornalista-leitor. De forma, que nós, jornalistas, estamos tendo uma dificuldade enorme de formar um discurso consensuado sobre o mundo, porque a multiplicidade de fontes escapa a agendinha do jornalista. A longa cauda produz num ritmo absolutamente frenético e sem gatekeeper, já que a filtragem é feito à posteriori e não a anteriori, a partir da lógica de “muitos olhos, poucos erros”. Por isso que, por um lado, há o blockbuster e a grife Mirian Leitão, e por um outro, a Caia, uma das principais formadoras de opinião da nossa lista da Universidade Nômade, que acaba até se sobrepondo a outras figuras que teriam, notadamente, o poder da produção do conhecimento, no caso, nós pesquisadores e intelectuais presentes na lista de discussão. O excesso, portanto, provoca novas singularidades.

Mas eu estava falando sobre as interfaces jornalísticas. Sobre suas mudanças. Agora as páginas dos jornais online primam pelo excesso, quanto mais informação melhor. É uma disputa por atenção. Queria falar que é uma disputa tão ferrenha, que o Google está priorizando, quando fazemos uma busca, apresentar resultados dessa colabosfera comunista. Não sei se repararam isto. Se procurarem algo sobre capitalismo cognitivo, as primeiras páginas lhe remetem para blogs, wikipedia, youtube etc. É para tirar a atenção dos grandes portais e ficar com a atenção para si (Google), que cada vez mais está ampliando a sua carteira de top-minds: Blogger, Youtube, Gmail, Google Maps, Google Earth, Orkut, e assim vai… Gerir a atenção e não mais a audiência é o que busca o Google. É o modo básico do capitalismo cognitivo, produzir valores intangíveis da logomarca e se tornar proprietário desse comunismo da atenção. O Google já sacou que o ideal é ser dono do comunismo da atenção, enquanto as corporações midiáticos estão ainda na era do conteúdo. O conteúdo precisa ser liberado para que se possa existir novas mídias colaborativas, que serão compradas pelo Google.

É claro que a perspectiva do excedente faz parte de um processo de autovalorização do trabalho. Não é alguma coisa que a empresa deseja, ao contrário, ele busca constituir novos encercamentos produdutivos, delimitar o processo de difusão de linguagens, criar “linguagens comandadas”. Talvez as lutas em torno da propriedade intelectual expressem a parte mais dramática da relação entre trabalho e empresa no capitalismo contemporâneo. O Google talvez seja a mais inteligente das pontos com´s nesse processo inteiro.

Seminário Metapolarização e novas territorialidades 30 novembro, 2006

Posted by Fabio Malini in capitalismo cognitivo, eventos.
4 comments

 

Estarei palestrando hoje no seminário internacional Metapolarização e novas territorialidades, organizado pelo Conexão Vix, grupo de pesquisa da Arquitetura, da Ufes. Titulei minha palestra de A Expressão do Comum dos Território Metropolitanos. Segue para quem quiser ler. No final, tem a palestra em pdf.

(mais…)

Seminário sobre Capitalismo Cognitivo 16 novembro, 2006

Posted by Fabio Malini in capitalismo cognitivo, eventos, Pensamento Negri.
8 comments

 No começo de dezembro (5 a 7), vou estar participando, como palestrante, do Seminário Capitalismo Cognitivo: comunicação, linguagem e trabalho, promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil, com curadoria do Giuseppe Cocco.

Segue a programação:

Terça-feira 5

ABERTURA
Giuseppe Cocco – LABTeC/ESS/UFRJ
Micael Herschmann – Nepcom/ECO/UFRJ

A NATUREZA DO CONFLITO NO CAPITALISMO COGNITIVO

O “capitalismo cognitivo” faz emergir novos conflitos: por um lado, as problematizações da idéia de “critique artiste” diante das lutas dos artistas e profissionais do espetáculo; por outro, os mal entendidos que conceitos como “critique artiste” ou mesmo “capitalismo cognitivo” podem introduzir no debate sobre o capitalismo contemporâneo.
– Maurizio Lazzarato – Universidade de Paris 1 – França
– Sergio Amadeu – Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero
– Tatiana Roque – moderador – IM/UFRJ

Quarta-feira 6

TRABALHO E EMPRESA NA ERA DO CAPITALISMO COGNITIVO
A questão do “software livre” no capitalismo cognitivo, a apropriação e a perturbação da nova “governança” pelos bens e ativos intangíveis.
– Antoine Rebiscoul / The GoodWill Company – França
Fábio Malini – UFES – Vitória
Luiz Antonio Correia de Carvalho – moderador – RITS

Quinta-feira 7

TRABALHO, SABER e CULTURA
Em meio a diversas crises: urbana, do trabalho, da democracia representativa, as cidades e suas periferias são percebidas como laboratórios de estilo, de estéticas, de economia para os movimentos globais, em que novos movimentos e redes sociais estão reagindo ao colapso social e propondo outros modelos de produção e inserção.

– Ivana Bentes – ECO/UFRJ
– Écio de Salles – ECO/UFRJ
– Sérgio Sá Leitão – moderador – BNDES

Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66
Centro Rio de Janeiro RJ 20010-000
Tel. (21) 3808-2020
bb.com.br/cultura